A presença de empresas de fora do Estado na construção define uma nova forma de produção imobiliária, cria um novo mercado e configura novos territórios. Na Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV) essa experiência de construção é recente, data dos anos 2000, e vem acompanhada de produtos até então inexistente na região e estabelece outros limites à fronteira de expansão da cidade.
Como se apresentou essa nova produção imobiliária na RMGV? Que transformações socioterritoriais essa produção estabeleceu?
A pesquisa, nesse sentido, orientou-se por dois eixos: o do estudo da urbanização e o do estudo da construção. A urbanização apresentou-se como condição que criou oportunidades para que a construção, promovendo seus movimentos específicos, pudesse se aproveitar dos momentos favoráveis para crescer.
Com o aumento da urbanização e com a industrialização a construção conquista seu auge. O mercado imobiliário estava formado. A cidade encontrava-se produzida o suficiente para possibilitar, que por meio da construção fosse apropriada. No entanto, todo contexto altera-se quando o capital financeiro passa a fazer parte da construção. Desabsolutiza-se a propriedade privada da terra para que acionistas de empresas do ramo possam ter respostas. Padronizam-se os produtos imobiliários e desqualifica-se não só o trabalho manual, como o intelectual. A cidade fecha-se em condomínios.
Keywords: Urbanização, construção imobiliária, cidade, Região Metropolitana da Grande Vitória.
Author: Teixeira de Campos Jr, Carlos (Universidade Federal do Espírito Santo, Brazil / Brasilien)