Em 2007, o cineasta Eduardo Coutinho produziu o filme Jogo de Cenas , confrontando depoimentos de mulheres a atuações de atrizes, em pleno exercício de criar personagens, a partir das histórias “reais”. O trabalho irá refletir acerca desses depoimentos – e das representações que eles geram - focalizando principalmente relações familiares narradas diante do diretor. Como as falas são todas construídas por mulheres, serão destacadas duas dinâmicas principais: a materna, feito pela mulher em relação aos filhos, e outra dinâmica, em que a mulher assume o papel filial, destacadamente em relação ao pai. Para a qualificação desses movimentos, irão concorrer aspectos sociológicos e aspectos psicológicos. Supostamente, os dois conjuntos guardariam estreitos vínculos com lugares simbólicos definidos nas representações culturais. Assim, em sua conclusão, o trabalho associará as imagens projetadas nas falas das depoentes e das atrizes a figuras extraídas da literatura brasileira. No que tange a uma história da família no Ocidente, a orientação vem principalmente de A Família em Desordem , livro escrito por Elizabeth Roudinesco. Gilberto Freyre e Florestan Fernandes guiam as eventuais incursões pela formação da família no Brasil. No que diz respeito às imagens de Pai, Mãe e Filhos, dimensionados num mundo psíquico em estreita conexão com os símbolos da cultura, o alicerce vem de Thomas Moore, com sua noção de família arquetípica
Palabras claves: família, cinema, personagens, representações, Brasil
Autores: Longo Vieira Lima, Mirella Márcia (Universidade Federal da Bahia/Cnpq, Brazil / Brasilien)