O presente trabalho tem como perspectiva analisar a relação entre a literatura, em especial a de Gabriel Garcia Marques, e a análise da comunalidade. A mesoamérica se constitui em uma típica região de fronteira cultural, entendendo como Homi Bhabha, que a fronteira não é o lugar onde as coisas terminam, sendo na verdade onde a cultura começa a surgir pudemos perceber como esse debate encontra na meso-américa um locus privilegiado.
O escritor colombiano Gabriel Garcia Marques , em seu livro Cem Anos de Solidão, utiliza como local de desenvolvimento do enredo de sua narrativa o povoado de Macondo; um lugar que poderia ser entendido, segundo o próprio autor , como uma metáfora para a América- latina: um lugar isolado do “ mundo”, isolado do poder, isolado da história, isolado do tempo, ou seja, uma típica região de fronteiras.
Nesse sentido a cultura teria como espaço privilegiado de renovação os locais de encontro das diferentes culturas, esses locais seriam os espaços de fronteiras; fronteiras entendidas não como lugar de separação e sim como locais onde os contatos inter-culturais tornam-se possíveis.
A perspectiva que iremos abordar nesse trabalho é a da literatura como fonte historiográfica ao mesmo tempo em que serve como instrumento de análise social, propiciando entender de uma maneira dinâmica a formação, a estrututiração e também a desestruturação da comunalidade diante das “evoluções” da sociedade latino-americana no século XX.
Palavras-chaves: literatura, comunalidade, mesoamérica, sociedade
Autores: Oliveira, Emerson (Universidade Estadual de Goiás, Brazil / Brasilien)